sexta-feira, 25 de outubro de 2013

JOHN STEINBECK

25 de Outubro de 1962, era atribuído ao escritor estadunidense John Steinbeck, o Prémio Nobel da Literatura. Pode consultar aqui- «LITERATURA - JOHN STEINBECK». A sua fábula «Ratos e Homens», sobre a amizade e o sonho americano, é uma obra prima da literatura e um dos romances mais bem conseguidos do autor. É dele que hoje lhe falamos...
Poet'anarquista
Caricatura de John Steinbeck
Escritor Norte-Americano
SOBRE «RATOS E HOMENS»...

Publicado em 1937, «Ratos e Homens» conta a história de dois pobres diabos, George e Lennie, que vivem de trabalhos episódicos e sonham com uma vida tranquila, com a hipótese de arranjar uma quinta em que possam dedicar-se à criação de coelhos.

George é quem lidera, é aquele que toma as decisões e protege o seu amigo, sem no entanto deixar de depender da amizade e da força de Lennie. Este é um gigante simpático, dotado de um físico excepcional, mas mentalmente retardado. E ambos acabam por envolver-se em mil e uma complicações, quando, no rancho onde finalmente encontram trabalho, a mulher do patrão entra em cena...

Adaptado ao teatro, e várias vezes ao cinema, «Ratos e Homens», que na verdade constitui uma fábula sobre a amizade e o sonho americano, é uma obra-prima da literatura realista, e um dos mais importantes romances de John Steinbeck. 

«Ratos e Homens»
Romance de John Steinbeck

RATOS E HOMENS
(Pequeno excerto)

—Mas nós não! — interrompeu Lennie. — E por quê? Porque... porque eu tenho você
pra tomar conta de mim e você me tem pra tomar conta de você, é por isso. —Riu, encantado.
— Agora continua, George!

—Você sabe tudo de cor. Pode até contar você mesmo.

—Não, conta você. Eu esqueço umas coisas. Conta como vai ser.

—Tá bem. Um dia... vamos juntar uma gaita e ter uma casinha e um pedaço de
terra, uma vaca, uns porcos e...

—E vamos viver no bem-bom! — gritou Lennie. 

— E ter coelhos. Continua, George!
Conta o que a gente vai ter no jardim e fala dos coelhos nas gaiolas, da chuva no
inverno e da estufa, e como a nata do leite vai ser tão gorda que a gente nem vai
poder cortar. Conta, George.

John Steinbeck

1 comentário:

Anónimo disse...

Obrigado ao Poet'anarquista por nos recordar que passam hoje 51 anos sobre a data em que foi atribuído o Prémio Nobel de Literatura ao escritor norte-americano John Steinbeck.

É um dos meus escritores de cabeceira, daí que também queira manifestar a minha admiração por ele.

Para além de "Ratos e Homens", aqui muito bem destacado, quero recordar "A Leste do Paraíso", "A Um Deus Desconhecido", "A Pérola", "O Inverno do Nosso Descontentamento", "As Vinhas da Ira", entre outros.

Chamou-me a atenção a caricatura do escritor, apoiado a um velho calhambeque, tendo por fundo uma placa com a indicação duma estrada.

Ora um dos livros de John Steinbeck que mais me impressionou, foi "As Minhas Viagens com Charley" que, como sabemos, trata do relato de uma viagem do escritor, ao volante de uma velha carrinha, por cerca de quarenta estados norte-americanos, na companhia do seu cão que se chamava "charley". O que estranho é não vislumbrar no desenho a figura de um cão, e em contrapartida se ver perfeitamente uma tartaruga.

Obrigado ao blogue por assinalar a passagem desta efeméride.

A
S